A realização de um projeto-piloto de aproveitamento de água da chuva em uma escola da rede pública do DF foi acertada nesta quinta-feira (28) em reunião entre o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. O objetivo é atender, até dezembro, a uma unidade da rede pública, em fase de seleção, e produzir um guia para ser utilizado em outras unidades de ensino. A próxima etapa será a assinatura de um Termo de Referência entre as duas secretarias.
De acordo com o secretário Sarney Filho, os recursos, no total de R$110.000,00, virão do Projeto CITnova, do Ministério da Ciência e Tecnologia, parceiro da Sema na promoção de ações de promoção de cidades sustentáveis no país por meio de planejamento urbano integrado e investimento em tecnologias inovadores. “Junto com o CITnova, a Sema já desenvolve importantes programas, como o treinamento e implantação de agroflorestas mecanizadas nas bacias do Descoberto e do Paranoá e restauração de nascentes nas mesmas bacias”, explicou o secretário.
A secretária de Educação apoiou a iniciativa da Sema, lembrando que tem acompanhado com muito interesse programas que já estão sendo adotados em prédios e residências por iniciativa dos moradores. “São ações que envolvem a economia de água, mas também de energia elétrica que precisamos estender para a nossa área”, disse.
De acordo com o projeto, o aproveitamento da água de chuva irá proporcionar uma redução de, no mínimo, 20% do consumo de água potável da escola piloto podendo chegar a 40%, o que representar um potencial de economia na conta de água da ordem de 8 mil reais por mês, ou R$ 96 mil por ano, no mínimo. Apesar do elevado custo de implantação a taxa de retorno desse investimento gira em torno de 7 a 8 meses. Além do ganho econômico, o há o ganho ambiental uma vez que, a redução de consumo de água potável nos estabelecimentos seja, de ensino, residência ou comércio, proporcionam a redução na captação de água nos mananciais de abastecimento do Distrito Federal. E contribui com a redução da água de chuva que é conduzida para as redes de drenagem da cidade.
O Termo e Referência para a contratação da empresa que irá fazer a adaptação predial da escola piloto incluirá outro produto: uma cartilha com a metodologia, passo a passo, para que o GDF possa multiplicar a implantação do sistema em outras escolas.
A cartilha irá trazer os custos envolvidos, a legislação aplicável e os tipos de sistemas que podem ser utilizados.
Sarney Filho defendeu a expansão de programas que possam reduzir o consumo de água no DF, lembrando a crise hídrica que o DF vivenciou em 2016, que reduziu drasticamente os níveis dos principais reservatórios que abastecem Brasília. Isso exigiu racionamento de água por rodízio e reestruturação tarifária por contingência fiscal.
Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente