A Secretaria do Meio Ambiente e o Projeto CITinova lançam nesta segunda-feira, Dia Mundial da Água, os resultados da pesquisa: “Riscos e Sustentabilidade Hídrica, uma visão do presente e do futuro”. O trabalho elaborado pelo professor Henrique Marinho Leite Chaves, envolveu as bacias do Rio Paranoá (1.056 km2), a bacia do Rio Descoberto no DF (801 km2), o Ribeirão Rodeador (113 km2) que é uma Sub-Bacia do Descoberto. Somente as duas primeiras são reguladas por reservatórios.
“Nossa pesquisa se baseou na análise de três itens: sustentabilidade hídrica, sustentabilidade integrada e risco hídrico”, explicou o professor. O objetivo é apontar os gargalos existentes que precisam ser sanados para a construção de políticas públicas que garantam a segurança hídrica do DF, aumentando também sua sustentabilidade no futuro.
O secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, explicou que, além da radiografia obtida com o projeto, o mesmo poderá ser replicado em outras bacias do DF, propondo ações de sustentabilidade. “O trabalho, com certeza, será uma alavanca para as ações que a Sema e outros órgãos do governo já estão executando com o objetivo de proteger e recuperar o solo em áreas de nascentes, mananciais, o reflorestamento de bacias, além da criação e proteção de áreas verdes, entre outras iniciativas,” citou o secretário.
Para levantar a situação atual das bacias analisadas, o estudo aplicou modelos de Sustentabilidade e de Risco Hídrico, tomando como base as vazões médias anuais no período entre 1979 e 2017. “Com projeções a partir de modelos que o estudo propõe, acredito que a tomada de decisões para enfrentar eventuais crises hídricas, como a que atingiu o DF entre 2016/ 2017, seria facilitada”, afirmou o professor Henrique Chaves, contratado pelo CIRAT- Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade para coordenar os estudos. Para ele é fundamental que os órgãos de governo trabalhem juntos com os comitês de bacia e a sociedade civil.
No mesmo estudo é feita uma projeção da sustentabilidade e do risco hídrico nessas bacias, nos anos de 2040 e 2070, levando em conta dados sobre as Mudanças do Clima no DF, como temperatura e precipitação. A sub-bacia do Rodeador tem destaque como projeto-piloto nesse estudo.
“Os cenários futuros do clima no Distrito Federal para os próximos 50 anos, resultantes de diferentes cenários de emissão de gases estufa, apontam para uma piora da disponibilidade hídrica regional, ameaçando a segurança e a sustentabilidade das suas principais bacias, e requerendo medidas efetivas de prevenção e adaptação” ressalta o coordenador da pesquisa.
Ele alerta que não é apenas a quantidade de água que limita o equilíbrio das bacias, mas também a qualidade de água, bem como dimensões ambientais, humanas e de governança.
Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente