A terceira Blitz Educativa de Prevenção dos Incêndios Florestais no Distrito Federal foi realizada na manhã desta sexta-feira (24), na entrada da Vila Basevi, na DF 001. A ação, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, teve o objetivo de conscientizar a população sobre a proibição e os perigos da queima de lixo e resto de poda, que são as principais causas de incêndio florestal no DF.
“Esse é o vetor do principal corredor ecológico do Distrito Federal. Esse trabalho conjunto entre governo federal e o GDF nas ações de prevenção de incêndio na região tem trazido ótimos resultados”, disse a chefe do Parque Nacional de Brasília, Juliana de Barros Alves.
Com uma área de 42.389,01 hectares distribuída pelas regiões administrativas de Brasília, Sobradinho e Brazlândia, além do município goiano de Padre Bernardo, o Parque Nacional é uma das mais importantes Unidades de Conservação federal do bioma Cerrado, protegendo nascentes e micro bacias que fornecem água de qualidade à população do DF.
No ano passado foram registrados 12 incêndios na região do Parque Nacional, com a destruição de 170 hectares. A mobilização rápida e a ação eficiente das equipes impediram que o fogo causasse maiores danos ao local.
“A resposta rápida foi muito importante para impedir que o fogo se espalhasse, mas trabalhamos na prevenção, com o manejo integrado do fogo”, explicou Manoel Eurípedes da Silva, gerente do Fogo do Núcleo de Gestão Integrada do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O último grande incêndio no Parque Nacional foi em 2017, com a destruição de 2.700 hectares, boa parte na Chapada Imperial. A maior ocorrência foi em 2010, quando o fogo consumiu 11.000 hectares.
O período mais crítico do ano com relação às ocorrências de incêndios vai de agosto a outubro, meses que se caracterizam pela seca e baixa umidade do ar. Foram registrados mais de 120 dias de estiagem, no ano passado. Já em 2017, a Defesa Civil do DF declarou estado de emergência por causa da baixa umidade relativa do ar.
Rodrigo Amaral lidera o Grupo Ambientalista do Torto (GAT), uma Organização Não Governamental (ONG) que trabalha com a prevenção e combate a incêndios. A ONG atua com uma brigada de 107 voluntários, que atuam no Parque Nacional de Brasília e em ocorrências em unidades de conservação pelo país. “É importante a conscientização da população sobre como prevenir incêndios. Envolver as crianças também é interessante, porque elas moram e estudam na região, são o futuro e ficam com o sentimento de que podem colaborar com a preservação da natureza”, disse Rodrigo.
Estudantes
A Blitz Educativa teve a participação de 20 alunos da Escola Classe Basevi. Estudante do quarto ano, Maria Eduarda Queiroz da Silva, 9 anos, se realizou ao lado das equipes que conversaram e distribuíram material informativo para os motoristas e passageiros de veículos que trafegavam pelo local. A menina, que sonha em ser guarda florestal, deu o seu recado durante a ação. “O fogo mata a mãe natureza. Não vamos deixar que isso aconteça”.
A blitz educativa foi promovido pelo Grupo Executivo do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF, que é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), e realizado em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Departamento de Estradas e Rodagem (DER), CAESB, Aeronáutica, Marinha, Corpo de Bombeiros (CBMDF), Secretaria de Saúde, Jardim Botânico de Brasília (JBB), Caesb, IBGE, Instituo Brasília Ambiental (IBRAM) e Administração do Setor Park Way.
Secretaria de Meio Ambiente (SEMA)
Assessoria de Comunicação Social