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Boas práticas aplicadas pelo Projeto CITinova no DF

 

A busca por formas de otimizar o uso da água no território do Distrito Federal é uma necessidade urgente após a crise hídrica de 2018. Nesse sentido, a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, por meio do Projeto CITinova, tem atuado na implementação de boas práticas agrícolas, desenvolvimento de pesquisas e inovações que colaborem para uma melhor gestão, entendimento e intervenção nas Bacias Hidrográficas do Descoberto e do Paranoá.

 

Entende-se por boa prática em meio ambiente a aplicação de uma melhor prática em um contexto ou situação específica para atingir um resultado favorável ao equilíbrio ambiental, utilizando um conjunto de ações comprovado, recomendado e aprovado.

 

As ações de Boas Práticas no âmbito do Projeto CITinova foram realizadas nos seguintes eixos: oficinas de mobilização; diagnóstico socioambiental das propriedades; Sistemas Agroflorestais (SAFs) Mecanizados; e Índice de Sustentabilidade de Bacias.

 

Nas oficinas de mobilização, foram engajadas comunidades das bacias do Descoberto e do Paranoá (“Oficina de Futuro” e “Água, Gênero e Pertencimento: cidadania para o uso e a governança sustentável da água”) e realizadas oficinas de avaliação do andamento e dos resultados do Projeto, com realinhamento de estratégias e ações.

 

No total, aproximadamente, 865 pessoas estiveram presentes nas oficinas, realizadas tanto de forma remota como presencialmente.

 

Além disso, foi realizado o diagnóstico de 23 propriedades rurais, no intuito de viabilizar a implantação e/ou aprimoramento de boas práticas conservacionistas de solo, água e vegetação nativa, bem como a elaboração de planos de implementação individuais.

 

Na frente relacionada aos SAFs mecanizados, foram implantadas agroflorestas em 37 propriedades, em um total de 20 hectares. Cento e vinte pessoas passaram pelas capacitações e foram aprimorados e desenvolvidos três implementos agrícolas para a mecanização de SAFs, gerando alimento saudável e renda para os agricultores, além de contribuir para a produção de água nas bacias por meio do aumento da capacidade de infiltração de água no solo.

 

Em 2022, 33 famílias de agricultores participaram de dois cursos de Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA), uma para cada bacia, de 32 horas cada, com aulas teóricas e práticas. Eles receberam apostila com orientações sobre plantio e manutenção de CSA, além de assessoria técnica para a formação de dois novos arranjos que já estão em funcionamento – CSA Ipê Rosa e CSA Água e Vida.

 

Em cada curso foram disponibilizadas 20 vagas distribuídas em três categorias de perfis: agricultores, potenciais co-agricultores e parceiros do projeto CITinova na implantação das CSA. Participaram também da capacitação técnicos extensionistas da Emater.

 

Foi realizado, ainda, estudo que estimou a sustentabilidade e o risco hídrico de bacias hidrográficas estratégicas do Distrito Federal. O Índice de Sustentabilidade de Bacia Hidrográfica (ISB) foi aplicado nas Bacias do Descoberto e Paranoá; e em uma microbacia-alvo do Descoberto (Rodeador) foi aplicado modelo computacional de avaliação de risco utilizando ISB.

 

Ao final, o estudo apresentou e analisou os resultados da aplicação dos índices, comparando com os de outras bacias, refletindo sobre as incertezas e propondo estratégias de adaptação.

 

A partir do estudo, a Sema publicou o livro “Sustentabilidade e risco hídrico de bacias estratégicas do Distrito Federal”, lançado na ocasião do 9º Fórum Mundial da Água, em Dakar, no Senegal.