O XVII Encontro Verde das Américas (Greenmeeting of the Americas 2019) foi aberto nesta terça-feira, no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com a participação de lideranças nacionais e internacionais na área socioambiental e de desenvolvimento sustentável. O secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho, ao abrir os debates, alertou para a necessidade de mudanças, para que os países possam enfrentar o aquecimento global.
“Nós somos hoje quase oito bilhões de habitantes na Terra, com um nível de consumo maior do que a natureza pode repor. Com isso há uma espécie de desarranjo climático. As chuvas são mais intensas e os períodos de estiagem são mais longos”, afirmou. Ele defendeu a necessidade de modificar a forma de lidar com os recursos naturais e com as políticas públicas para a “mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas”.
Ele lembrou que cada país, hoje, vivencia uma realidade diferente. “No Brasil, os efeitos são visíveis, principalmente, pelos desmatamentos e o comprometimento dos mananciais. O desmatamento das matas ciliares na beira dos rios é gravíssimo. Aqui em Brasília, tivemos há quatro anos a crise hídrica. O Cerrado é considerado o berço das águas no Brasil, mas diante de uma seca muito prolongada, as nossas bacias, as nossas nascentes, não estavam protegidas, e isso gerou falta de água nos reservatórios. O mesmo ocorreu em São Paulo”, afirmou.
O coordenador do fórum, Ademar Leal, reforçou que o encontro Verde das Américas procura alinhar suas discussões ao empreendedorismo ambiental e a oportunidades de negócios. “Por isso nesses dois dias teremos painéis apresentados por diplomatas de vários países, agentes públicos e privados de bancos e empresas financiadoras de projetos inovadores intersetoriais”, disse.
“O fórum não tem vinculações político partidárias. Sempre damos foco na sustentabilidade e no equilíbrio da exploração dos recursos renováveis. Queremos ajudar na busca de soluções para os problemas ambientais locais e globais, com discussões inovadoras e objetivas, envolvendo o maior número de instituições e segmentos da sociedade, do Brasil e do exterior”, explicou.
Para falar sobre Energia Renovável e o Desafio do Desenvolvimento Sustentável foi convidado o pesquisador alemão Stefan Krauter, coordenador para a América Latina do Conselho Mundial de Energias Renováveis. Também confirmou presença a secretária geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Rosalía Arteaga Serrano, que vai orientar as discussões sobre a região.
Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente