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28/11/22 às 15h03 - Atualizado em 6/12/22 às 15h24

Desafios, soluções e perspectivas com o fechamento do antigo Lixão da Estrutural foi tema de seminário promovido pela Sema/DF

Desafios, soluções e perspectivas com o fechamento do antigo Lixão da Estrutural foi tema de seminário promovido pela Sema/DF

 

Representantes das entidades e órgãos parceiros do Projeto CITinova

 


 

A Secretaria do Meio Ambiente do DF (Sema/DF) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realizaram, nesta sexta-feira, (11/11), o Seminário de Integração: Desafios e Gestão para o fechamento do Antigo Lixão da Estrutural. O objetivo foi compartilhar as ações realizadas pelo Governo do Distrito Federal no âmbito do Projeto CITinova para remediação da área. O evento ocorreu na sede do CGEE, em Brasília.

 

Uma das ações do Projeto, foi a realização de um estudo inédito que apontou no diagnóstico que a contaminação das águas subterrâneas é o problema mais crítico associado à antiga operação do Lixão da Estrutural nos 60 anos em que recebeu resíduos.

Outros resultados mostram que a pluma de contaminação do chorume apresenta baixa concentração em direção ao Parque Nacional de Brasília e à nascente do Córrego Acampamento.

 

Próximo da região, há uma faixa de 300 metros de largura situada entre o limite leste do Lixão e o limite do Parque Nacional de Brasília, que ainda hoje tem um papel fundamental na contenção da pluma em direção à esta unidade de conservação. Uma das conclusões do estudo mostra justamente a resiliência da região, além de sua ampla capacidade de atenuação de cargas contaminantes.

 

Seminário no CGEE reuniu representantes de órgãos e entidades parceiras do Projeto CITinova

No evento também foram apresentados os quatro projetos-pilotos implementados pela Secretaria do Meio Ambiente do DF, por meio do Projeto CITinova, que tiveram o objetivo de fornecer subsídios ao governo do Distrito Federal no processo de tomada de decisão sobre as ações a serem adotadas para a remediação ambiental da área do antigo Lixão da Estrutural.

 

Segundo a Assessora Técnica da UGP do Projeto CITinova/Sema DF, Andréa Carestiato, o projeto realizado foi o primeiro grande estudo integrado, que analisou aspectos do solo, água e ar. ”Nós temos aqui um material que vai viabilizar um entendimento muito melhor sobre o Lixão, a partir do modelo conceitual dos resultados obtidos”, disse. Dentre as propostas estudadas para usos futuros da área, estão as possibilidades de transformá-la em um ecoparque ou ainda em instalar uma usina fotovoltaica.

 

O coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Sema, Glauco Amorim, falou das iniciativas prioritárias para fechamento do Lixão implementadas pela Sema, – que passou a ser uma Unidade de Recolhimento de Entulho (URE) desde o seu fechamento em 2018-, incluindo a implantação do Complexo Integrado de Reciclagem (CIR), inaugurado em dezembro de 2020, com galpões de triagem de resíduos com vistas a retirar os catadores do Lixão, assim como o fomento das ações de coleta seletiva e a comercialização por parte das Cooperativas. ”Nós temos uma visão de que podemos ter um crescimento do cenário de reciclagem em Brasília”, afirmou.

 

O Distrito Federal passou a contar com um amplo e moderno equipamento público para reciclagem de resíduos. O complexo ocupa uma área de 80 mil m² na Cidade Estrutural e compreende duas centrais de triagem e reciclagem (CTRs) e uma Central de Comercialização (CC). Com investimentos de R$ 21 milhões, a iniciativa tem capacidade de gerar mais de 750 postos de trabalho para catadores de materiais recicláveis. 

 

A Sema é responsável pela gestão compartilhada com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do CIR, a Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) e as associações de catadores que já veem atuando para contribuir para a destinação correta dos materiais recicláveis, além de abrir novas oportunidades em trazer soluções sustentáveis, mais recursos para investimentos em novas tecnologias de reciclagem e maior renda para esta categoria de trabalho.

 

O diretor técnico do Serviço Urbano de Limpeza (SLU), Paulo Lemos, falou das ações do órgão com relação ao encerramento do Lixão e deu ênfase ao Aterro Sanitário de Brasília (ABS), em Samambaia, cuja operação teve início em 2017. Também foi falado das melhorias do serviço de limpeza urbana, que vêm sendo implementadas por meio de equipamentos como papa-lixos, papeleiras, papa-recicláveis, pontos de entrega voluntárias e o aplicativo SLU Coleta DF. ”O aplicativo promove melhorias na informatização dos serviços de limpeza urbana e aponta a localização de todos os equipamentos, georreferenciados. Isso tudo é para possibilitar que o cidadão evite descartar o lixo na rua por falta de locais apropriados”, afirmou.

 

Diretor técnico do SLU falando sobre as ações desenvolvidas

O diretor apontou ainda, dados que mostram um aumento da taxa de aproveitamento de resíduos sólidos por meio da coleta seletiva, em 77%, de 2020 para 2021. A previsão até 2022 é aumentar em 41%. Atualmente, o SLU beneficia uma média de 1.403 catadores em 30 cooperativas por meio de 42 contratos de coleta seletiva e triagem.

 

O evento contou com a participação de representantes da Sema/DF, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e da equipe técnica do CGEE que atua no Projeto CITinova/Sema DF.

 

Link do ebook sobre o diagnóstico de contaminação e propostas de remediação do antigo Lixão da Estrutural:

https://www.sema.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2022/05/Produto3-i-DIAGNOSTICO-LIXAO-03-05-2022-E-BOOK.pdf