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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
27/11/17 às 18h56 - Atualizado em 30/10/18 às 11h08

Delegados aprovam 60 diretrizes para Plano do Meio Ambiente do DF

Governador já se colocou à disposição para receber as propostas que os delegados querem incluir no Plano de Proteção Ambiental. Sema-DF fez o papel de articular o debate na sociedade, disse Carcius Santos, ao abrir a Conferência Distrital do Meio Ambiente.

 

Você pode conhecer o texto de cada uma das 60 propostas aqui.

 

(Brasília, 27/11/2017) – Líderes comunitários de quase todas as regiões do DF, empresários, produtores rurais, lideranças indígenas, servidores públicos, engenheiros e acadêmicos realizaram nos dias 25 e 26 de novembro a Conferência Distrital do Meio Ambiente de 2017 – Cuidando das Águas. Mais de 800 pessoas discutiram e aprovaram desde maio deste ano até o último final de semana as 60 diretrizes para o ambiente e que serão, agora, encaminhadas aos chefes dos poderes legislativo, judiciário e executivo do Distrito Federal.

 

De acordo com o regimento interno da conferência, essas diretrizes serão encaminhadas para a melhoria das políticas públicas e na elaboração do Plano Distrital de Proteção ao Meio Ambiente (link). A participação dos jovens nas pré-conferências também será reconhecida com a inclusão nos documentos das suas propostas para a defesa do nosso ambiente.

 

O secretário de Meio Ambiente, Carcius Santos, ao abrir as atividades, no sábado, afirmou que as propostas de diretrizes para a proteção do ambiente, discutidas durante os dois dias, “demonstram a qualidade do debate e da participação da sociedade civil, e as diretrizes aprovadas serão relevantes para a definição da política ambiental do DF”. Ao salientar a missão da Secretaria de Meio Ambiente na articulação das pré-conferências, afirmou que a instituição abriu o diálogo com a sociedade e com o governo sobre os desafios ambientais do DF.

 

O trabalho dos delegados da sociedade civil e dos representantes das instituições governamentais começou cedo no sábado de manhã, e para a concentração dos trabalhos, os delegados passaram o dia inteiro dedicado aos debates em cada um dos eixos de discussão estabelecidos durante a fase das seis pré-conferências regionais, iniciadas em maio. Para tanto, foi oferecido aos participantes o café da manhã e almoço para um trabalho que só foi encerrado depois das 18h30, no sábado.

 

A necessidade da conferência foi considerada pelo presidente do Zoológico, Gerson de Oliveira, um espaço para a aproximação entre o que já está constituído para a defesa do meio ambiente e a sociedade civil. “O que estamos construindo é para o conhecimento de todos”.

 

O novo presidente do Ibram, Aldo César, afirmou que “se o resultado das ações ambientais não casar com os anseios da sociedade, nada terá acontecido”. Para a subsecretária de Educação e Mobilização Socioambiental, Gabriela Batista, “é a pegada da comunidade de cada região que permite a identificação dos desafios ambientais e a sua solução”.

 

O governador Rodrigo Rollemberg enviou em vídeo uma mensagem em que parabenizou os participantes, relembrou diversas obras do governo para melhorar o meio ambiente e citou a desocupação da orla do Lago Paranoá, assim como o fim do Lixão da Estrutural. Colocou-se à disposição para receber as diretrizes da conferência para serem incluídas no Plano de Proteção do Meio Ambiente do DF.

 

No domingo, todos os delegados tomaram conhecimento de todas as propostas priorizadas em cada um dos eixos de discussão, debateram e escolheram aquelas que consideram as dez mais importantes diretrizes da conferência. O documento final irá incluir dez propostas de cada eixo, independentemente da preferência estabelecida durante o encontro dos delegados.

 

A delegada Ana Amparo ressaltou a experiência democrática e a possiblidade de influenciar nas decisões como representante das ecovilas da APA da Cafuringa. Mirinju Yan, líder do povo Guarani M’bya e coordenador do Conselho Indígena, defendeu o reconhecimento dos cuidados necessários com o meio ambiente. Jeferson Sooma alertou que a ação mais importante começa agora com a entrega do documento ao legislativo e executivo.

 

Foram ainda apresentadas 15 moções a diversos atores da vida ambiental no DF. E apenas uma foi rejeitada. As moções tratam de temas que incluem os projetos no Taquari II, na Serrinha do Paranoá, o desenvolvimento de tecnologias produtivas e cuidadoras de água, para a demarcação de terras indígenas, a conservação de animais ameaçados de extinção, além de outras que tratam do parque do Gama, do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), da coleta seletiva e outra para considerar o cerrado como patrimônio nacional, entre outros temas.