Encontro reuniu especialistas para discutir a história ambiental e as regras para a atividade pesqueira do lago
O setor de Fauna do Instituto Brasília Ambiental e a Subsecretaria de Pesca da Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal realizaram, nesta semana, uma reunião com o pesquisador Fernando Starling para discutir a história ambiental do Lago Paranoá e levantar informações que subsidiem a definição de regras para a atividade pesqueira na região.
Starling, que conduziu estudos aprofundados sobre a qualidade da água, os estoques pesqueiros e a composição da ictiofauna do lago ao longo das décadas de 1990 e 2000, compartilhou sua experiência e destacou as transformações ocorridas no ecossistema aquático local.
Grupo de trabalho interinstitucional
O encontro teve como um de seus principais objetivos promover um brainstorm para embasar a construção de normas voltadas à pesca no Lago Paranoá. Para isso, foi formado um grupo de trabalho interinstitucional, composto por diversas secretarias, que conduzirá estudos técnicos e dialogará com pesquisadores, pescadores e demais usuários do lago.
Essa etapa inicial busca reunir informações qualificadas para estruturar uma regulamentação que leve em conta tanto os aspectos ecológicos quanto os interesses dos diferentes atores envolvidos na atividade.
O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressaltou a importância do trabalho conjunto e da integração entre as instituições para que a tomada de decisão seja bem fundamentada. “A participação de pesquisadores e especialistas traz subsídios essenciais para que possamos garantir um equilíbrio entre a conservação ambiental e o uso responsável dos recursos naturais do Lago Paranoá”, afirmou.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou o compromisso do GDF com a gestão sustentável dos recursos hídricos e a necessidade de um diálogo amplo e qualificado. “O Lago Paranoá é um patrimônio ambiental e social do Distrito Federal. Garantir uma regulamentação que alie preservação e desenvolvimento sustentável é fundamental para que possamos manter esse ecossistema equilibrado, assegurando benefícios tanto para a biodiversidade quanto para a população que utiliza o lago para diversas atividades”, afirmou.
Próximos passos
A reunião marcou apenas o início das discussões sobre o tema. Nos próximos meses, estão previstas novas rodadas de debate, com a ampliação da participação de instituições públicas, privadas e representantes da sociedade civil. A organização e coordenação desse processo ficará a cargo da Subsecretaria de Pesca, que buscará garantir um amplo diálogo entre os envolvidos na construção de diretrizes para a pesca no Lago Paranoá.