Melhoria na estrutura de trabalho garantirá aumento da renda para catadores
O Governo do Distrito Federal vai executar, ao longo de 2021, três projetos para a compra de equipamentos para o trabalho realizado no Complexo Integrado de Reciclagem (CIR/DF). A
O empreendimento engloba, em uma área de 80 mil m2, duas Centrais de Triagem e Reciclagem (CTRs) e uma Central de Comercialização (CC). Os catadores trabalham na recepção, triagem, classificação, prensagem, armazenamento e comercialização dos materiais recicláveis advindos da coleta seletiva. A projeção é que, quando a operação atingir sua capacidade máxima, sejam processadas até 5 mil toneladas de resíduos recicláveis por mês.
De acordo com Elisa, no primeiro mês de atuação o Complexo reciclou cerca de 200 toneladas e a renda de cada catador se aproximou de um salário mínimo ficando, em média, R$ 914. A expectativa com a chegada dos equipamentos é de aumento dos ganhos obtidos.
“A pasta vem realizando semanalmente avaliações internas de controle das atividades do CIR. Na semana passada, fizemos uma visita técnica e conversamos com representantes da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) no sentido de integrar as atividadades dos projetos
Pela Sema, participaram da conversa, além de Elisa Meireles, o diretor administrativo, Carlos Magno e o coordenador de Implantação da Política de Resíduos Sólidos, Glauco Amorim e pela Centcoop, a presidente, Aline Souza e os diretores Lúcia Fernandes, que também preside a Cooperativa Coorace, e Sinomar Alves Lúcia Fernandes ressaltou que a sua expectativa é de que a renda de cada catador chegue entre R$ 1,5 e 2 mil por mês.
“Nós temos capacidade de ganhar esse valor e de fazer o CIR se ampliar cada vez mais com os equipamentos que vamos receber e eu tenho fé que a gente vai chegar lá”, afirma.
Para tanto, ela defende a participação cada vez maior da população na coleta seletiva. “Queria que as pessoas fossem mais conscientes. Às vezes a população do DF não tem noção de quantos catadores, de quantas famílias sobrevivem do material reciclado e é desse benefício, desse material, que a gente pode estar sustentando várias famílias”, diz.
De acordo com Lúcia, se tiver coleta seletiva “de verdade”, a renda vai melhorar cada vez mais. “Nas cooperativas, a maioria são mulheres. Então, a gente recebe resíduo de tudo quanto é lugar do DF e nossa vida vai melhorar se a população tiver essa consciência de separar seu resíduo e entender que por trás desse material, que muito continuam vendo lixo, a gente trabalha com matéria-prima e está contribuindo com o meio ambiente, está poluindo menos”, diz.
Aline Souza, também sonha com o maior engajamento das pessoas na coleta seletiva. “Peço que a população se atente aos dias e horários de coleta e consiga dar condição digna para os catadores, por meio desse ato simples e rápido”, afirma. Ela aconselha, ainda, que cada um se importe com o resíduo que adquiriu. “ O resíduo que você descarta hoje é provedor de cidadania, dignidade, trabalho e renda para várias famílias”.
Complexo Integrado de Reciclagem
As centrais de triagem, de 2,8 mil m² cada, recebem os resíduos que vêm da coleta seletiva. Nelas, o material é separado, classificado, pesado, prensado e então transportado para a central de comercialização, onde ocorrem o beneficiamento, estocagem e comercialização. Já a Central de Comercialização de Materiais Recicláveis recebe o material pré-selecionado para beneficiamento dos materiais advindos tanto das centrais de triagem quanto das demais cooperativas de catadores do DF ligados à rede Centcoop-DF.
A obra foi executada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) administrado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Já o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) é responsável pela gestão compartilhada do CIR com a Sema e Centcoop e as associações de catadores que atuam no local.
Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente