O secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, abriu, na manhã desta quarta-feira (09/10), em Brasília/DF, a 32ª Reunião Ordinária do Conselho Distrital de Recursos (DRH), do qual é presidente. Participaram também o subsecretário de Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos da Sema, Jair Tannus e do presidente da ADASA, Paulo Salles.
De acordo com Sarney Filho, o papel do Conselho ganha mais importância diante dos desafios das mudanças climáticas que se refletem nos mananciais que abastecem o DF. “O Distrito Federal já sofreu grave crise há pouco tempo, e São Paulo também, devido à reduzida quantidade de água nos reservatórios. O impacto poderia ter sido menor se estivéssemos cuidando melhor de nossas nascentes e matas ciliares”, afirmou.
Segundo ele, a gestão da água depende, em grande medida, de como lidamos com a questão climática e seus efeitos adversos. “Tanto em termos de mitigação, quanto de adaptação”, explicou.
O secretário acredita que é fundamental promover, no DF, a recuperação da vegetação degradada, tanto nas formações florestais quanto no Cerrado, especialmente em áreas de recarga de água, observando o nexo entre uso sustentável do solo, conservação da vegetação nativa e produção hídrica, desenvolvendo a gestão integrada de água, solo e vegetação nativa para garantir a prioridade de plantação de matas ciliares, proteção das nascentes e a consequente revitalização das bacias hidrográficas.
Na pauta da reunião, apresentações sobre Prevenção de Incêndios e Conservação do Bioma Cerrado e, sobre o Sistema de Informação de Recursos Hídricos (SIRH). Houve ainda relatos das atividades da Câmara Técnica Permanente de Assessoramento e da Comissão Técnica que analisa os produtos do Plano de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Afluentes Distritais do Rio Paranaíba (PRH-Paranoá), elaborados pela empresa Engeplus Engenharia e Consultoria. Além de informes sobre a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas do DF entre a Sema e o Ministério de Desenvolvimento Regional e sobre a reestruturação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
CONSELHO NACIONAL
O Distrito Federal foi definido como titular e o Espírito Santo como 1º suplente no Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), mandato 2019/2023. A escolha dos representantes dos Conselhos Estaduais e Distrital para integrar o CNRH ocorreu na tarde da terça-feira (08/10), no Ministério de Desenvolvimento Regional, em Brasília/DF, atendendo ao Decreto n° 10.000 de 03 de setembro de 2019. O DF foi representado pelo subsecretário de Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos, Jair Tannús, e a coordenadora de Recursos Hídricos, Maria Cristina Coimbra Marodin, da Sema-DF.
“Este é o único grupo composto por apenas dois representantes, o que vai garantir ao DF maior representatividade no Conselho Nacional”, afirmou Jair Tannus.
Os representantes dos Conselhos Estaduais decidiram entre si como se daria a representação da categoria, uma vez que eram nove vagas para 26 unidades da federação, definindo o ente titular e os que ocupariam a primeira e a segunda suplências.
Na reunião foi deliberada ainda a realização de rodízio anual entre titular e suplentes, na ordem da suplência, com retorno do titular no quarto ano do mandato. No caso do DF, a titularidade será no primeiro e no terceiro ano do mandato, já que, diferentemente dos outros casos, o DF compartilha a vaga com apenas um estado.
Secretaria do Meio Ambiente
Ascom