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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
7/06/21 às 19h00 - Atualizado em 7/06/21 às 23h26

Manejo integrado do fogo é estratégia de órgãos ambientais para diminuir incêndios florestais no DF

População tem papel importante na prevenção de focos

 

 

O manejo integrado do fogo é um conceito que vem sendo paulatinamente inserido na gestão dos órgãos ambientais do Distrito Federal com o objetivo de diminuir a área atingida por incêndios florestais no período crítico da seca. O assunto foi tema de videoconferência realizada no canal do Instituto Brasília Ambiental na Internet, dentro da programação do Junho Verde. O secretário de Meio Ambiente (Sema), Sarney Filho e o presidente do Instituto, Claudio Trinchão, participaram da abertura. As videoconferências do Junho Verde serão realizadas em todas as segundas-feiras de junho, discutindo as políticas públicas ambientais do Governo do Distrito Federal.

 

A apresentação do tema Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Perspectivas Mundiais foi realizada pelo diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Brasília Ambiental, Pedro Cardoso, e pelo coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios (COIN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Paulo Morita. De acordo com os técnicos, as ocorrências aumentaram no mundo todo e países como Estados Unidos, Austrália e do continente africano, registraram grandes eventos, fomentando o estudo do fogo e a utilização de novas técnicas para prevenção e combate.

 

Parceria

 

Sarney Filho destacou o trabalho realizado com o Brasília Ambiental, considerado por ele como o parceiro mais constante e mais importante da secretaria. “A nossa atuação ocorre de forma coordenada e integrada, com a Sema voltada ao desenvolvimento e implementação de políticas públicas e o Brasília Ambiental sendo responsável pelo licenciamento, monitoramento e fiscalização das mesmas”, disse.

 

“Estamos trabalhando juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente com foco na manutenção das Unidades de Conservação. São mais de 50 ações, que tiveram início com a reestruturação do órgão e passam pelo incremento do orçamento, pela criação de um sistema de informação e pelo reforço da equipe por meio da contratação de consultores. Queremos preparar o Brasília Ambiental para o futuro. Então, esse é um momento muito importante para trazermos para a população o que está sendo feito”, disse o presidente do Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão.

 

Dentre as atividades de maior relevo realizadas pelos órgãos, Sarney Filho citou a luta para aprimorar o combate aos incêndios florestais no DF, a despeito das grandes dificuldades climática e financeira. “Temos avançado, ao lado do Brasília Ambiental, com passos importantes para o estabelecimento de uma estrutura mais ágil e mais eficiente na prevenção e combate ao fogo”, afirmou.

 

A Sema executa o Plano de Prevenção e Combate ao Fogo (PPCIF). No ano passado, o trabalho, realizado em conjunto com órgãos distritais e federais, foi responsável pela diminuição em 50% do total de área atingida pelo fogo nas Unidades de Conservação (UCs) distritais. Segundo levantamento do Programa de Monitoramento de Áreas Queimadas nos Parque e UCs (Promaq), do Brasília Ambiental, até o início de outubro de 2020 foram registradas 243 ocorrências de incêndio florestais em uma área total de 1.688 hectares, em 45 Parques e UCs. Em 2019, a área atingida até o final de setembro chegou a 3.172 hectares.

 

Gestão integrada do fogo – A estratégia inclui aspectos como análise de regimes do fogo apropriados para o ecossistema; prevenção, combate, controle e supressão de incêndios e restauração de vegetação, além de considerar características socioambientais e culturais dos territórios.

 

De acordo com Pedro Cardoso, a política no DF é focada na prevenção. Ele comemora o primeiro ano de criação do Departamento que coordena no Brasília Ambiental e diz que apesar de Brasília não apresentar problemas ambientais comuns em outras partes do país e do mundo, como deslizamentos e ciclones, os incêndios florestais são a maior preocupação dos gestores públicos. “A diretoria comemora um ano de atuação com queda de 50% de incêndios em UCs, executa o Promac e monitora em torno de 86 unidades. Podemos afirmar que o número diminuiu graças a atividades de prevenção e combate”. Ele explica que a área que coordena atua com foco em frentes como a contratação de brigadistas, aquisição de equipamentos, abertura de aceiros, queima prescrita e educação ambiental, além de ter sido responsável pela instalação de três bases-fixas em diferentes pontos do DF para apoiar a ação rápida no combate a incêndios que podem se tornar grandes.

 

Paulo Morita, do ICMbio, lembrou que o atual período é limiar do final das atividades de prevenção e logo entra o período de ocorrências em que o trabalho é voltado para o combate dos incêndios. “Temos uma parceria há alguns anos com o DF, que tem se fortalecido. Participamos das discussões do PPCIF, de ações de combate conjunto nas unidades do DF e capacitações para discutir estratégias e aprender cada vez mais sobre o tema do fogo. Temos também o apoio dos brigadistas contratados pelo Ibram”.

 

Prevenção – Os técnicos alertaram para o importante papel que a população pode cumprir para evitar problemas com o fogo, ressaltando que os incêndios florestais geralmente tem origem em uma ação produzida pelas pessoas. “Para quem tem necessidade de usar o fogo, peço que atente para o rito legal e fique dentro da Lei solicitando autorização. Para quem fizer uso descuidado, fica o alerta principalmente com fogueiras e queima de restos de poda”, alerta Morita.

Já Pedro Cardoso lembra que o incêndio florestal não é apenas um problema ambiental, mas de saúde pública.

 

Covid 19

 

“Principalmente em setembro o clima muda e passamos por seca severa, o que gera mais problemas respiratórios e a sobrecarga em hospitais, que deve ser evitada principalmente quando vivemos a Pandemia por Covid-19”, explica.

 

O secretário geral do Brasília Ambiental, Thulio Moraes, considera que a criação da Diretoria de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais foi uma ganho para o órgão, que desta forma, passou a tratar a questão de forma orgânica e com ações perenes, planejadas e executadas durante todo o ano. “Executamos uma metodologia exitosa de prevenção e combate, além de fortalecermos parcerias e troca de experiência e informações com outros órgãos do DF e do Brasil”, disse.

 

Assessoria de Comunicação
Secretaria do Meio Ambiente