Notícias
Secretário André Lima destacou que a energia solar deve ser a alternativa adotada por Brasília no futuro. Deputado federal Alessandro Molon apontou que o Brasil está com investimentos atrasados no setor em relação a outros países
(Brasília, 17/5/2017) – O secretário do Meio Ambiente, André Lima, afirmou durante a sua participação no Congresso Internacional de Energias Renováveis e Sustentabilidade que a energia solar precisa ser adotada por Brasília. “Hoje 100% da energia da cidade vem de fontes hidrelétricas”, alertou. Lima ressaltou a realidade vivida em nosso território devido às mudanças climáticas, com aumentos de temperatura, que o DF está enfrentando e lembrou que estamos em plena crise hídrica.
O Governo de Brasília criou, por iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente do DF (Sema-DF), o programa Brasília Solar, exatamente com o objetivo de estimular o uso de energia solar fotovoltaica e incentivar a utilização de placas conversoras de luz natural em eletricidade em casas, comércios, escolas, universidades e hospitais.
André Lima assinalou que, em abril, o Metrô-DF assinou um protocolo de intenções com a Sema-DF e a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) para o projeto da primeira estação totalmente sustentável da América Latina, a estação Guariroba, em Ceilândia.
O Brasília Solar também formou, em parceria com a Fábrica Social, as duas primeiras turmas do curso de instalação e manutenção de placas fotovoltaicas, informou o secretário. Os 50 alunos receberam o certificado em 17 de março.
Foram 200 horas-aula sobre habilidades específicas, como o sistema fotovoltaico de geração energética. Outras 260 horas-aula foram destinadas a habilidades básicas e de gestão, com inclusão digital e conceito de metrologia, cooperativismo e empreendedorismo, descreveu.
Lima avaliou que o congresso é importante para reforçar a agenda da sustentabilidade. “O diálogo direto é sempre importante para aumentar o apoio, inclusive político para esta pauta”, concluiu.
Medida Provisória
O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) ao se pronunciar no congresso, criticou a aprovação da Medida Provisória 756, na Câmara dos Deputados, na noite da última terça-feira (16). O texto altera limites de área de preservação ambiental no Pará e em Santa Catarina e segue para o Senado.
“A pauta ambiental está ameaçada pelo Congresso Nacional e pelo atual governo federal porque eles têm uma visão ruim sobre a sustentabilidade”, afirmou Molon. Para o parlamentar, o Brasil está com investimentos atrasados no setor em relação a outros países.
“As maiores empresas de energia eólica do Brasil, por exemplo, não são brasileiras”, apontou. Isso mostra que o país precisa incentivar mais a pesquisa nas universidades, no governo e nas empresas, concluiu.
Congresso
O congresso tem como tema “A atual realidade das energias renováveis e de sustentabilidade no Brasil e no mundo”. E abre o debate sobre a diminuição dos impactos ambientais pelo uso de fontes alternativas de energia e de recursos naturais renováveis.
Em parceria com a Federação das Câmaras de Comércio Exterior, o CIERS é promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Portugal Centro Oeste, e objetiva estimular atitudes capazes de contribuir com um mundo mais sustentável. É prevista a presença de empresários, profissionais liberais, políticos, diplomatas, representantes de entidades de classe, instituições de fomento e financiamento, imprensa especializada e expoentes da tecnologia.
Mais informações:
E-mail: comunicacaosema@gmail.com
Telefone: (61) 3214 – 5611
Da esquerda para direita: Alessandro Molon, deputado federal; Chico Leite, deputado distrital; e André Lima, secretário do Meio Ambiente do DF. Foto: Marcos Ramalho/Sema-DF.