Ações contam com recursos externos do Citnova/MCTIC e projetos-pilotos poderão ser replicados em todo o Brasil
Cerca de 6.9 milhões de dólares serão investidos no Distrito Federal até 2022 por meio do CITinova, projeto multilateral coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A Secretaria de Meio Ambiente é responsável pelas as ações locais, focadas em duas frentes: Planejamento Urbano Integrado e Investimento em tecnologias, ambas com projetos-pilotos em execução. O balanço da Sema foi apresentado durante reunião de gestores e parceiros do programa, em Brasília.
De acordo com a sub-secretária da Sema, Alessandra Andreazzi Peres, por meio do projeto CITinova a Sema tem conseguido potencializar sua capacidade de ação. Na área de Planejamento Urbano Integrado, estão sendo desenvolvidos projetos-pilotos como o Sistema Distrital de Informações Ambientais (SISDIA); Instrumentos e Governança para o Enfrentamento das Mudanças Climáticas; Engajamento Social e; Diagnóstico de contaminação do Lixão da Estrutural.
Em investimentos em tecnologias, a Remediação do Lixão da Estrutural; a recuperação ambiental nas bacias hidrográficas do Descoberto e Lago Paranoá; a implantação de boas práticas, pesquisas e inovações nas bacias do Descoberto e Paranoá e; ações para promoção da energia solar no DF.
Com abrangência nacional e atividades específicas em Recife e Brasília, o Citnova conta com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), implementação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e co-execução das instituições ARIES/Porto Digital, Secretaria de Meio Ambiente SEMA/ GDF, Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
No DF o projeto conta com um Comitê Local formado por sete instituições governamentais e três não governamentais. Além da SEMA, a Companhia de Saneamento Ambiental (CAESB), o Sistema Distrital de Limpeza Urbana (SLU), a Companhia de Planejamento do DF (CODEPLAM), o Brasília Ambiental e as Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) e de Fazenda e Planejamento do (SEFP). Pelo setor não governamental participam Associação a Pró-Descoberto, o Movimento Nossa Brasília e o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável do Lago Norte.
Desde a segunda-feira (03/02), os gestores e parceiros do programa estão reunidos em Brasília para promover a troca de informações e experiências entre os coordenadores-executivos e equipes das instituições co-executoras, em eventos como a 3ª Reunião do Comitê Gestor e o Seminário Cidades Inteligente e Sustentáveis MCTIC.
Cada coordenador-executivo apresenta os resultados e obstáculos enfrentados em 2019 e o planejamento e os desafios para este ano. Segundo Nazaré Soares, coordenadora técnica do CITinova, na SEMA, o encontro com o MCTIC traz “a perspectiva real de que as inovações e os testes-pilotos do projeto serão replicados e se transformarão em políticas públicas”.
Entre as ações do projeto em âmbito nacional estão a plataforma que integra o Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e o Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (OICS), desenvolvido pelo Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), e os projetos-pilotos em Brasília, realizados pela Secretaria do Meio Ambiente (SEMA-GDF), e Recife, pela ARIES/Porto Digital.
CONHEÇA OS PROJETOS-PILOTOS
PLANEJAMENTO URBANO INTEGRADO
Infraestrutura temática de dados geoespaciais ambientais para organizar, integrar e ampliar as informações sobre água, ar, solo, fauna e flora produzidos pelos diversos órgãos do Governo do Distrito Federal.
Disponível via internet, servirá como importante ferramenta para a gestão ambiental territorial integrada. Entre as funções, irá facilitar e ordenar a geração, armazenamento, acesso, compartilhamento, disseminação e uso de dados e informações ambientais para subsidiar a revisão dos planejamentos territoriais e dos planos setoriais. Será também utilizado para fundamentar as tomadas de decisão no âmbito do licenciamento ambiental, fiscalização e monitoramento do território.
Em parceria com a Universidade de Brasília, disponibilizará dados espaciais das pesquisas de mestrado e doutorado com enfoque na aplicação de políticas públicas para o Distrito Federal.
Estudos para identificar o impacto das mudanças climáticas no Distrito Federal e em mais 33 municípios de Goiás e Minas Gerais, que constituem a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE).
Estudos para descarbonização de ações do governo e estruturação de estratégias para mitigação e adaptação dos investimentos públicos e privados às mudanças climáticas no Distrito Federal.
Ações de mobilização e sensibilização da sociedade com vista à sustentabilidade envolvendo diversos públicos como escolas, setores privados e sociais nos temas abordados pelo Projeto CITinova como: gestão de resíduos, energias renováveis, conservação da água, governança climática e valorização do Cerrado.
Fortalecimento da Agenda Ambiental nas Administrações Regionais de Brasília.
Identificação e analise dos atuais níveis de contaminação e definição de indicativos conceituais dos parâmetros e critérios a serem utilizados para a remediação ambiental do solo, da água superficial e subterrânea, do ar e dos resíduos sólidos. Esse é o maior lixo a céu aberto da América Latina e se encontra em processo de desativação.
INVESTIMENTO EM TECNOLOGIAS
Implantação de experiências-pilotos para remediação do Lixão da Estrutural com técnicas inovadoras como fitorremediação para teste de absorção de poluentes em um hectare do Lixão; modelo de transporte de contaminantes subterrâneos; tratamento do chorume.
Restauração de 60 hectares em áreas de nascentes nas regiões prioritárias do Descoberto e da Serrinha do Paranoá.
Sistemas Agroflorestais (SAFs) mecanizados em 20 hectares com uso de enxada rotativa com subsolador integrado, ceifadora customizada para agrofloresta e podador de altura, equipamentos que aceleram e facilitam o plantio e sua manutenção. Além de gerar renda para os pequenos agricultores locais, a implementação de agroflorestal protege o solo e os mananciais das bacias do Descoberto e do Paranoá, responsáveis por 80% do abastecimento do DF.
Implantação de pesquisas sobre água estruturada aplicada à irrigação em duas áreas-piloto.
Aplicação de índices de sustentabilidade nas duas Bacias hidrográficas com modelo computacional e cenários futuros.
Mais informações: https://citinova.org.br/brasilia/