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Mais de 150 cães de moradores do Lago Norte e de outras áreas do DF utilizaram o espaço para oferecer um momento de descontração aos seus pets
(Brasília, 26/6/2017) – O ParCão do Lago Norte foi inaugurado no domingo (25) com a participação de pessoas de diversas regiões do Distrito Federal na companhia de seus cães. Mais de 150 cachorros aproveitaram o espaço de convivência dividido em duas áreas, uma voltada aos animais mais sociáveis e ativos e outra para animais mais velhos ou com algum tipo de deficiência. Os participantes aprovaram o modelo e reivindicaram que outros parques semelhantes sejam instalados no DF.
O secretário do Meio Ambiente, André Lima, explicou que a iniciativa, uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente e a Administração do Lago Norte, é um modelo de gestão entre as pastas e a comunidade. E foi planejado com apoio de especialistas em comportamento animal. “A metodologia está pronta para ser aplicada em outros locais”, ressaltou.
“O ParCão um exemplo de boa utilização do espaço público, que tem a função de trazer felicidade às pessoas e aos animais”, disse. “A questão animal faz parte da agenda de meio ambiente e procuramos incorporar cada vez mais essa pauta na política estrutural do Distrito Federal”.
O espaço beneficia cerca de 37 mil pessoas, de acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2016 (PDAD), da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). O levantamento considera os moradores do Lago Norte, Setor de Mansões do Lago Norte, Taquari e zonas rurais. “O modelo do ParCão do Lago Norte se baseou em experiências de outras cidades, como São Paulo e Niterói, e servirá de modelo para outras administrações”, informou o administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann.
Para a moradora de Águas Claras, Suzana Coelho, que participou do evento por meio da ONG ProAnima, faltam iniciativas como essas no DF. “Nós até vemos as pessoas soltarem seus cães em outros espaços, mas o risco de fuga é muito grande”, alertou. “Em um parque como esse, os cães convivem muito bem e ainda ficam em segurança”.
Reuber de Oliveira, de São Sebastião, levou seus cães Beethoven e Mágui para o ParCão, e também gostaria de ver o parque em outros locais. “ Meus cães não se socializam bem por não terem um espaço como o ParCão e esta é uma ideia que precisa ser levada para todas as administrações”, apostou Reuber.
A subsecretária de Serviços Ecossistêmicos da Sema, Nazaré Soares, ressaltou a quantidade de visitantes no domingo. Não foram contadas as pessoas, mas só de cães, eram mais de 150. “Se no Lago Norte, onde há quintais em casa, a participação dos moradores foi grande, significa que as parcerias em outras regiões são bem-vindas”, previu.
Convivência
A chefe da Unidade Estratégica de Direitos Animais da Sema, Mara Moscoso, observou que até mesmo cães que nunca tiveram a experiência de ficar soltos não tiveram problemas. Segundo ela, a parceria com os donos dos cães é fundamental para o bom funcionamento do parque. “Os tutores foram muito responsáveis, desde o recolhimento das fezes até o controle de seus animais”, comemorou.
A cadela Aisha, da raça american bully, muito semelhante ao pitbull, provou que as raças mais temidas pelo imaginário popular também convivem bem no ambiente do ParCão. O seu dono, Daniel Medeiros, mora em um apartamento no Centro de Atividades (CA) do Lago Norte, e não costuma conviver com tantos cães ao mesmo tempo.
Atrações – Um estande da “cãominhada” solidária foi montado durante a inauguração para arrecadação de mantimentos para animais vítimas de abandono e maus-tratos. Participaram do evento o Projeto Linda, Salvando Vidas, ProAnima e os Protetores Independentes. Também foram realizados jogos, brincadeiras e oficina de pipas para as crianças.
Família aproveitou o domingo no ParCão. Foto: Priscilla Atalla/Sema-DF.
Secretário do Meio Ambiente, André Lima, ao lado de sua equipe e administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann.
Mais de 150 cães se divertiram na inauguração do ParCão. Foto: Priscilla Atalla/Sema-DF.